Vai Deus.
“No more games” entre nós.
Por que tenho que contar a felicidade em segundos?
Na casa do minuto, dela, fez-se sombra.
Diz me logo. Oque foi que fiz? Que crime eu cometi?
Quantos pecados ainda hei de resgatar?
Porque essa cruz ? Porque essa cruz meu Deus?
Porque...
Porque...
No dia que nasci você já escolheu a madeira.
“Essa aqui, bem pesada...”, deve ter dito.
Enquanto para meus pés, cada passo
Era o desfraldar de um novo mundo,
Já ouvia perto o som dos serrotes ,
Cortando a madeira por Você escolhida,
Especialmente para mim.
E a sensação não muda nunca, seu Desgraçado.
Nisso você foi mestre mesmo.
A revolta só muda pra crescer.
A cruz só fica mais pesada.
E cada dia é um prego a mais fincado em minhas mãos.
Que armadilha Você armou pra mim.
Sou o fruto de uma árvore caída.
O tronco podre desde sempre.
Você sabia que não ia dar certo.
Mas essa era sua intenção o tempo todo.
Eu devo ser o Diabo pra você me odiar tanto assim.
O que foi que eu fiz?
Eu matei seu filho? Não pedi que ele morresse por mim.
Eu Te reneguei? Se renego agora é porque me venceu.
Não agüento mais tanta tristeza.
Não agüento mais toda a tristeza sobre mim.
Jogou-me ao mundo não em uma família.
Mais certo dizer, uma armadilha.
Sem eles não sei viver.
Com eles é impossível viver.
Ser feliz sem eles é injusto.
Ser feliz com eles é efêmero.
Porque para mim jogaste esse dilema?
Longe das raízes, viver, ou perto delas , sobreviver.
Meu sofrimento é sempre o pior porque é comigo.
Mas logo vem algum filho da puta me dizer:
- Isso não é nada. Tem coisa pior.
Eu vejo minha família morrer aos poucos desde meu primeiro aniversario.
A cada telefonema, a cada visita, a cada noticia .
Não me lembro a ultima vez que ,
Ao procurá-los, ouvi : - Está tudo bem.
Você me traiu seu desgraçado.
Eu sequer pedi para nascer.
Porque fez isso comigo?
Porque insiste em só nos mandar problemas.
Já não provamos o bastante?
Se o resto da vida for assim,
Que vá pro inferno Você e toda a sua criação.
Você não é meu Deus.
Você sempre foi meu inimigo.
Nunca gostou de mim.
Não tenho nada para provar.
Vá para o inferno.
Resolveremos nossos problemas lá.
Tuesday, April 19, 2005
Friday, April 01, 2005
EU PROMETO
"Não gosto de prometer.
Eu me conheço, meu amigo.
Mas se a vida pede tanto,
a ela tenho sempre comigo."
"Carrego no bolso sempre duas:
Uma pra emergência, outra , pós café.
Pro guarda, guardo junto com a habilitação
Na mesa do bar, meus amigos as adoram.
E eu adoro as deles, até que o álcool me lembre:
Não se acredita em promessas de bar.
Tenho também uma secretária metida,
a quem prometi um jantar,
que promete sempre me lembrar,
que ao meu cliente tenho prometida,
uma terrível gripe adquirida
por falta de vitamina,
na manhã seguinte.
SEM FALTA."
" Não vou esconder:
eu não gosto de promessas.
Nem de fazer, nem de ouvir.
Muito menos de cumprir.
Na verdade eu a odeio.
É uma hipocondria.
Decepção homeopática alucinógena."
"As promessas nunca são cumpridas
porque são compridas."
"Mas ja tenho a solução.
O governo deve oficializar,
Um dia certo,
pra todo povo prometer.
Um cheque de palavra.
Pra ser descontado no mesmo dia
do ano seguinte.
Na minha humilde opnião,
não há dia melhor,
pra prometer toda promesa,
que nosso amado e invejado.
1.o de abril."
Ps.: isso nao é um poema...é um rascunho....um monte de ideias sobre essa nossa tabua de salvação. Afinal, oque seria da gente sem ela.
Mas eu vou tentar transformar isso num texto legal. EU PROMETO.
Ao que restou do romance.
De um encontro,
Face a face,
Fez-se o encanto.
Lá do canto
O acalanto
lança a mão do manto
Pra eternizar
O que sentiram tanto.
À neblina dissipada,
diz-se a espada
"A tua solidão
com a minha,
é uma multidão".
Um mútuo tumulto
Muda muito
O mundo mudo.
A mão do tempo,
a mando do espaço,
sublima-se
amando o momento.