Wednesday, December 21, 2005

Soneto de Consolação

Não há de ser nada tão sério
Essa dor num peito cansado.
No sofrer não há mais mistério
Para alguém que já tenha amado.

Nem há, em nenhuma farmácia,
Quem prescreva bendita receita..
Pra curar desamor, com eficácia,
Recupere a esperança desfeita.

A vida não é hoje, nem será amanhã.
Como o amor, é infinita: ignora o tempo.
Para os apaixonados, a vida é um talismã

E contamina de alegria todo sentimento.
Não há de ser nada tão alarmante
Como o adeus de seres amantes.


(Trilha sonora : o ventilador do meu quarto, a cadeira rangendo e meu estomago roncando as 3:49 da manha de 22 de dezembro de 2005, Guarujá, São Paulo, Brasil, América do Sul, Terra, Via Láctea, Quadrante Z64YK,)

1 Comments:

Blogger Francis said...

as coisas são meio doidas mesmo!
estou eu aki ferida de morte por algém que me desamou...e clico no google "curar desamor"!
sabe o q apareceu?
este soneto!
nuito obrigada.
me deu um novo ânimo,viu?
ele não é um shakspeare,sabemos,mas cumpriu seu papel neste mundo.
obrigada d novo.
bjs
francis

January 24, 2007 at 2:27 PM  

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